Turmas do Fundamental 2 estudam e praticam a colaboração
A professora Juliana Póvoa, durante as aulas de Uma Leitura Ética e Cidadã do Mundo, promoveu nas turmas do Fundamental 2 uma atividade bem dinâmica para trabalhar o tema: Colaboração de todos – unidade da turma para alcançar um propósito maior.
A atividade tinha os seguintes objetivos:
- Apresentar conceito logosófico de colaboração;
- Apresentar a atuação da lei de conjunto e sua importância para a evolução humana;
- Demonstrar a forma do pensamento de colaboração para alcançar os próprios objetivos e os objetivos coletivos;
- Promover experiências que favoreçam a turma se ver como uma unidade.
Ao observar as turmas do Fundamental 2 nos últimos meses, o corpo docente identificou entre os alunos uma certa competitividade, principalmente em relação às notas e rendimentos. Em intercâmbio com os alunos, a professora Juliana também identificou que o conceito de colaboração estava sendo confundido com o de servidão e que, em alguns momentos, eles não viam, no campo da aprendizagem, possibilidades de atuar com a colaboração. Como justificativa para suas colocações, muitos alunos expressaram que o mundo corrente é assim: competitivo.
Sendo assim, para trabalhar o conceito de colaboração, a professora Juliana preparou uma dinâmica. Solicitou que os alunos afastassem as carteiras e formassem 5 grupos. Ela entregou para cada grupo um envelope dando a seguinte orientação: “Essa atividade é colaborativa” e nada mais.
Cada envelope continha um fragmento de um texto logosófico sobre a colaboração, porém faltava um pedaço. Continha, ainda, algumas regras e uma pista a ser decifrada. Os adolescentes teriam que seguir as regras até encontrar a parte do texto que faltava. Elas deveriam ser cumpridas rigorosamente e era o que os levava ao trabalho em equipe.
O fragmento que, por meio da pista, encontraram não era o da própria equipe e, dessa maneira, tiveram que trabalhar em conjunto, colaborando uns com os outros, para encontrarem o fragmento correto.
Durante o momento de reflexão, foi possível observar a importância das regras gerais e das regras específicas que conduziam à solução do problema. Ao serem recordados da primeira orientação dada pela professora, que aquela era uma atividade colaborativa, os alunos foram incentivados a expressar o que viveram e as decisões tomadas; eles também analisaram o que poderiam ter feito de maneira diferente e identificaram o que poderiam fazer para solucionar mais rapidamente o desafio.
O conceito de observação foi construído junto aos alunos frente à vivência da dinâmica e ao que eles observam de exemplo na natureza. Os alunos compreenderam que nas leis da natureza se encontra o exemplo máximo de colaboração, aprenderam que a colaboração é mútua na Criação para a própria evolução e preservação.
Dois trechos foram destacados do texto como primordiais para conceituar colaboração:
“Colaboração, no sentido amplo e elevado da palavra, implica compreensão das circunstâncias, das necessidades, das exigências e do conjunto de fatores que regem, de tempos em tempos, as situações que se criam para povos e homens, coletiva e individualmente, como imperativos de cada uma das horas às quais se deve render tributo, porque são as que marcam as etapas que a humanidade vem percorrendo desde que começou sua marcha pelos caminhos do mundo.”
“Colaboração deve significar também e necessariamente, como expressão de um alto princípio de reciprocidade, a coincidência nas inteligências acerca dos fins que são perseguidos; o anelo comum de servir a uma obra com amplidão de propósitos, sem egoísmos nem mesquinharias, e sem buscar outras satisfações que as do acerto quando se comprova a fertilidade do esforço nos resultados obtidos.”
Para encerrar a atividade, foi firmado o compromisso de buscar a aprendizagem sem competição, uns colaborando com os outros.