Alunos do 8° e 9° Ano participam da 11ª Olimpíada Nacional de História do Brasil
Os alunos do 8° e 9° Ano estão integrando as equipes do Logosófico participantes da 11ª Olimpíada Nacional de História do Brasil. Eles estão trabalhando a todo vapor desde o início de maio e já estão na 5ª fase, integrando as três melhores colocações do Distrito Federal.
Durante todo o mês de maio, os alunos participantes desta edição da ONHB tem se reunido com a professora Cecília Siqueira e a monitora (e ex-aluna do Colégio) Joana para responder a dez questões e uma tarefa por semana.
Entre os temas abordados, destacou-se a atuação de mulheres influentes e importantes na História do Brasil, que ficaram marginalizadas ou foram pouco estudadas até hoje. É o caso da pintora Abigail de Andrade e da rapper Triz Rutzats. Também destacou-se a importância da paçoca para a cidade de Boa Vista e, por meio dela, discutiu-se as raízes indígenas desse alimento e sua importância, uma vez que é considerada um patrimônio imaterial do Brasil.
Os adolescentes puderam ainda estudar e refletir sobre algumas questões a partir do relato do viajante Jean de Léry, que escreveu sobre sua viagem ao Brasil no século XVI a partir do "exercício da alteridade". Nesse sentido, por meio da comparação dos animais brasileiros aos animais da Europa, Léry pretendeu fazer com que o púbico europeu conseguisse imaginar animais que nunca vira antes. Tratava-se de reconhecer a si mesmo a partir das diferenças do outro (o "exotismo") ou de interpretar o outro a partir de suas próprias referências, prática muito comum na literatura de viagem dessa época.
Outra questão que a Olimpíada abordou são as tensões fronteiriças que envolvem o norte do país (atual estado de Roraima), a Venezuela e a Guiana Inglesa; tensões iniciadas com a colonização da América e que reverberam até hoje, incluindo o desrespeito aos povos indígenas que ali viviam e ainda vivem.
Até o momento, a Olimpíada trouxe também a história do estilo arquitetônico conhecido como Cobogó, de origem pernambucana, mas bastante comum no Distrito Federal, e do jornal O Pharol de Juiz de Fora, que em junho de 1887 noticiava a instalação das primeiras indústrias elétricas da cidade, que trariam inevitavelmente a modernização da região.
Abordou-se, ainda, a importância, bem como dilemas e dificuldades da inserção dos indígenas nas universidades públicas brasileiras, com destaque para o primeiro vestibular indígena do país, realizado pela Universidade Federal de São Carlos.
O desempenho dos alunos tem sido muito bom e eles almejam chegar à etapa final que acontecerá em Campinas. De toda maneira, eles estão certos de que a trajetória até a quinta fase já foi uma linda conquista e que lhes rendeu muito aprendizado!