Alunos do 8º e 9º Ano participam da 3º fase da Olimpíada Nacional de História do Brasil
Os alunos do 8º e 9º Ano realizaram a 3ª fase da Olimpíada Nacional de História do Brasil. Eles estavam entre as 169 equipes que continuavam no páreo. Infelizmente, os adolescentes não passaram para a 4ª fase, mas não ficaram desanimados com o resultado. Eles cresceram muito com a experiência e já planejam participar novamente da Olimpíada em 2019.
Na 3ª etapa, os alunos responderam 11 questões, todas exigiram muita leitura e suscitaram muitos intercâmbios entre eles. Os temas foram os mais variados. Na primeira questão, conheceram a história de Lopes Gama, um liberto que advogava em nome dos escravos no final do século XIX. Também se encantaram com a história da psiquiatra Nise da Silveira, famosa por condenar a violência psiquiátrica para tratar doenças mentais, e que sugeria terapias alternativas, como a presença constante de animais para acalmar os nervos de seus pacientes.
Outro tema abordado foi o preconceito contra homossexuais e deficientes físicos que, no final da década de 1970, foram proibidos de utilizar o recém-fundado metrô do Rio de Janeiro. Em seguida, discutiram a “criação de monstros” que a rapidez e o aparente anonimato da internet impulsionam. Como é difícil rastrear quem compartilha ofensas e insultos, a internet vira uma espécie de “terra de ninguém”; o texto de Eliane Brum para o El País também abordou o fato de que a população se une para massacrar esses “monstros” (como os artistas envolvidos com a polêmica exposição Queer Museu, em São Paulo), mas não se vê a mesma ferocidade quando se trata de criticar a corrupção que assola o país.
Além disso, as questões ainda abordaram Clarice Lispector e Bezerra da Silva, a tradição de modificação dos dentes oriunda de regiões da África e a curiosa história do “bebê diabo”, ficção que ganhou as páginas do jornal Notícias Populares por meses e que todo mundo acreditava se tratar de uma notícia verídica.
Por fim, a tarefa consistia em revisitar todos os documentos utilizados até agora para periodizar o seu momento de produção e o momento histórico a que se refere. Cada aluno conseguiu sentir um pouquinho do que consiste o trabalho do historiador!