A infância é a etapa da vida que vai do nascimento até aproximadamente o 11º ano. Nessa fase, há, comparativamente, o maior desenvolvimento físico e mental de uma pessoa, caracterizado por ganho de volume do corpo (altura e peso) e aquisição de novas habilidades e capacidades físicas como andar e falar, por exemplo, especialmente nos primeiros três anos de vida. A criança, nesse período, experimenta grandes mudanças no comportamento e forma as bases da sua individualidade.

As escolas de educação infantil são uma realidade na vida de grande parcela das crianças brasileiras, onde permanecem cerca de oito horas por dia, cinco dias por semana. Faz-se necessário e importante a criação e sedimentação de hábitos alimentares e comportamentais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012).

Vitolo (2015) ressalta que a formação dos hábitos alimentares, principalmente, nessa fase, inicia-se com a bagagem genética que interfere nas preferências alimentares e vai sofrendo diversas influências do meio ambiente, tais como: hábitos familiares, condição socioeconômica, entre outros.

No contexto de Educação Nutricional, o ambiente escolar é considerado um excelente lugar para o desenvolvimento de ações direcionadas à promoção de saúde e à qualidade de vida. Isso porque, nesse período, o indivíduo está passando pelo processo de maturação biológica.

Segundo Cano et al. (2005), a realização da avaliação nutricional da população infantil é primordial. A aferição do peso e altura permite a comparação de cada criança com o padrão de crescimento ideal para que se possa verificar a existência de possíveis deficiências. Dessa forma, a saúde infantil é representada pela correta manutenção de peso e altura, estando também relacionado à alimentação adequada.

Em função da situação peculiar das escolas de educação infantil é de grande importância a atuação do nutricionista no ambiente escolar para adequar os cardápios às necessidades de grupos populacionais específicos, de forma a aumentar a aceitabilidade de alguns alimentos e oferecer nutrientes para subgrupos com desvios nutricionais, identificados por procedimentos de vigilância nutricional como os inquéritos nutricionais e antropométricos, (RESOLUÇÃO CFN N°380/2005).

Assim, desenvolver a educação nutricional para o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis com essa população constitui-se uma função primordial a ser gerenciada por nutricionistas nessas instituições.

O Colégio Logosófico entende o quão importante são essas ações e já começou a executar a avaliação Nutricional de seus alunos. O serviço de Nutrição, junto ao serviço de coordenação pedagógica e direção, realizará a antropometria de seus alunos nos meses de abril e maio para levantarmos o perfil nutricional de nossas crianças. Alguns objetivos são esperados com essa ação, entre eles se destacam:

• Diagnosticar o perfil nutricional das crianças atendidas pela Instituição;
• Elaborar estratégias de educação nutricional para promoção da saúde como ferramenta de mudanças no ambiente escolar para formação de hábitos alimentares saudáveis.
• Informação sobre o perfil Nutricional do aluno aos responsáveis para a promoção da saúde.
• Personalização das porções oferecidas nas refeições pela escola de forma a atender a demanda energética do bom crescimento e desenvolvimento da criança.

Em um país em que a fome e a desnutrição, ainda, são graves problemas sociais, enquanto aumentam os casos de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis em crianças, como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, câncer e outras, o tema educação alimentar e nutricional é uma forma da escola ser um agente de mudanças e transformação para seus alunos.