Turma 1 do Projeto Integral entende a importância de cuidar do externo e do interno
Para viver o Dia do Meio Ambiente de forma consciente, uma atividade foi pensada para fortalecer os conceitos já trabalhados, objetivando consolidados. Há algum tempo a docente vinha observando, com frequência, uma dificuldade das crianças em lidar com algumas lutas referentes à convivência e rotina escolar: pouca paciência com os amigos, muitas queixas, preguiça para realizar determinadas atividades, agitação, pouca vontade para colaborar entre outros. Ela percebeu que os elementos que sempre são levados com o objetivo de fazer com que as crianças se observem e evitem as dificuldades citadas não estavam sendo aplicadas no dia a dia, criando assim, espaço para condutas e ações indesejáveis.
Ao lembrar da proximidade do Dia do Meio Ambiente, ela resolveu fazer uma atividade contextualizando com o tema em estudo: Natureza, a primeira mestra do ser humano.
A professora iniciou a atividade falando sobre a importância do esforço coletivo em todos os ambientes, inclusive no espaço da sala de aula para torná-lo mais feliz, agradável e sereno. Falaram um pouco sobre o dia do meio ambiente, os cuidados que deve-se ter e propôs comemorar fazendo um bem à natureza.
Lançado o desafio, observando o pé de acerola da escola, perceberam que ele não estava se desenvolvendo normalmente. Logo um aluno disse que o pé de acerola estava precisando de cuidados e que fazia tempo que eles não o regavam. Foi explicado que a planta também precisava de terra, pois as raízes estão expostas sem conseguir absorver todos os nutrientes da terra.
Assim, foi explicado também a necessidade da poda. Além de levar o conceito de poda, deixou-se claro a diferença entre cortar e podar.
Na semana seguinte, ao regarem a planta, a turma recordou todo o processo vivido. A professora propôs que as crianças pensassem se o que aconteceu com o pé de acerola não estaria acontecendo no jardim da casinha mental de cada um. Será que as "flores", ou seja, os valores que plantaram não estavam sendo esquecidos, deixando de receber cuidados, se tornando fracos, sem vida, sendo contaminados por pensamentos indesejáveis?
Os primeiros pensamentos e observações logo surgiram:
"O colega tal empurrou meu amigo", "A amiga pensa que só ela pode colaborar", "O amigo não quer participar do judô e atrapalha a aula".
Sabendo que sempre é possível melhorar, as crianças foram estimuladas a observarem a si mesmas e identificar se estavam conseguindo pensar antes de agir. Alguns disseram: "a gente esquece", “não sei o porquê”. Foi explicado que isso é normal e que ocorre principalmente porque muitas vezes não estão atentos.
Para tornar a explicação mais lúdica, a professora comparou os pensamentos indesejáveis que foram citados com as partes da planta que estavam comprometidas e tudo que observaram que estava fazendo mal ao pé de acerola.
Foi explicado que tudo que se alimenta, cresce e influencia tudo ao seu redor. As crianças compreenderam que cuidando das próprias atitudes, buscando portar-se bem, estariam cuidando desse jardim interno da boa conduta.
Os resultados foram significativos. As crianças se tornaram mais atentas e preocupadas tanto com o ambiente externo como com o interno. A turma combinou de fazer a poda no jardim da casinha mental sempre que necessário e as professoras têm observado isso realmente acontecendo.