Dentro do conteúdo de Ciências, as turmas do 6º Ano estão estudando sobre a estrutura da Terra (forma, tamanho, diâmetros polar e equatorial, divisões, e partes). Nesse estudo, os alunos viram que o planeta é muito mais do que se pode ser com uma simples olhada. Aprenderam que o planeta vai além da crosta onde pisam, há camadas internas, muito mais profundas, que são tão importantes quanto as mais externas. Entenderam que estas influenciam muito no que veem, observam e sentem na superfície.

Observando esse conteúdo, a professora viu uma grande semelhança com os seres humanos, que não são apenas a camada externa, ou só o físico, e têm camadas internas, que também influenciam na sua conduta. Será que conhecê-las e saber do que são compostas é importante para se conhecer e ser melhor? O que é necessário mudar ou enaltecer para chegar a ser quem quer ser?

A professora observou a semelhança entre o interior da Terra e o interior do ser humano. Viu então a oportunidade de fazer uma interpenetração que mexesse com os alunos e, assim, levar um conceito que os alunos poderiam levar para a vida, com a intenção de conhecer melhor o seu próprio interior.

Assim, a turma usou o livro chamado “Debaixo da cama” como base de pesquisa – ele conta o que tem debaixo da cama até chegar no núcleo da Terra. Ao contar a história do livro, a docente proporcionou a ativação consciente da faculdade da imaginação para, ao criar imagens mentais, aproximar o aluno do conteúdo e da interpenetração, de forma mais concreta.

Depois de contar a história, foram feitas perguntas guia: “o que de mais importante no seu interior? Você consegue colocar o que você tem dentro de você para fora? Você tem consciência disso? Você nasceu com essas virtudes ou não?”

Surgiram muitas respostas dos alunos: “nascemos com as virtudes, adquirimos com o passar do tempo, adquirimos com o meio em que vivemos, os dois: nascemos e também adquirimos.”

Muitos responderam que se pode, inclusive, melhorar o que tem dentro de si e superar deficiências, se esforçando e com o sentimento de amor.

Com isso, foi solicitado aos alunos que representarem o que tem dentro deles em camadas, sendo o núcleo o mais valioso. Os alunos acharam interessante, pois conseguiram observar o que têm de melhor e o que podem melhorar. Com massinha, eles fizeram o modelo do interior da Terra e, depois, abriram com fio dental.

Foi um momento de muito aprendizado e autoconhecimento!