A professora Roseli Luro perguntou a Turma 1 do Projeto Integral se as crianças achavam que o mundo é perfeito ou se precisaria mudar alguma coisa nele. Logo ela repetiu a pergunta, desta vez, tratando sobre o interior de si mesmo. Quanto ao mundo físico, os alunos falaram sobre cuidar da natureza, do lixo e do desperdício. Já em relação ao mundo interno, eles manifestaram sobre mudar os pensamentos.

Então a docente perguntou quais pensamentos precisavam mudar. Os pensamentos que são bons precisam ser mudados ou reforçados? E os maus? O que fazer com eles?

A conversa foi muito produtiva. As crianças falaram de vários pensamentos: o de briga, o de chorar, o de bater.

Ao observar que a turma dificilmente se lembrava dos bons pensamentos, a professora manifestou que sempre nota a boa vontade de alguns para cultivar bons pensamentos. Ela explicou, também, que quando não se fala a verdade, o pensamento que atua na mente é o da mentira. Quando não se colabora com as tarefas, o pensamento é o da preguiça. Quando se há disposição para fazer as coisas com gosto, esse é o pensamento da boa vontade e da decisão. Quando alegra-se com o que possui, esse é o pensamento da gratidão.

As crianças ficaram impressionadas e falaram que nem sabiam que os pensamentos tinham nomes!

Assim, refletindo um pouco mais sobre o tema anual e focando, principalmente, no cultivo da boa vontade para mudar o mundo, os alunos foram estimulados a pensarem quais pensamentos estariam atuando em seu mundo interno e que impediam a alegria, o entusiasmo e até mesmo a boa vontade.

Uma delas conseguiu reconhecer que precisa tirar do seu mundo interno o pensamento da mentira. Disse, inclusive, que não sabia que ele estava dentro dela. Ela achava normal inventar o que ela queria ter ou fazer.

Que alegria foi plantar a sementinha da boa vontade na mente das crianças!

Mais tarde, em um outro dia, a turma visitou o laboratório de Ciências. Ali, tiveram a colaboração da professora Keila e falaram sobre as características de um laboratório, sua função e importância na aquisição de conhecimentos e descobertas.

A atividade foi pensada devido a dificuldade da turma de compreender sobre a atuação dos micro-organismos presentes no ambiente, em brinquedos, massinhas, superfícies etc. Nessa idade é comum que elas levam tudo à boca, principalmente massinha.

Assim, foi explicado que os micro-organismos são bichinhos bem minúsculos que não são vistos sem o microscópio, mas que estão ali e fazem muito mal à saúde.

As professoras, então, fizeram uma analogia entre esses micro-organismos invisíveis ao olho nu e os pensamentos que também não podem ser vistos, mas que podem fazer um mal danado a vida.

Eles lembraram logo do coronavírus.

Cada criança teve a oportunidade de observar e visualizar o micro-organismo no microscópio e ficaram impressionados.

Chegando na sala, falaram sobre a experiência e o sentimento diante do vivido. A turma está bem mais atenta em relação aos cuidados com o corpo, bem como com o cultivo de bons pensamentos. Foi uma ótima experiência!