Na sala do Infantil 4B tem uma caixa de livros, na qual toda semana as crianças escolhem uma história para que possamos fazer a leitura no final do dia. Na semana passada, escolheram “Chico Valente”, de Jaqueline Miotto Zolet.

O livro relata a história de Chico, um menino que após viver um dia cansativo em sua escola, acabou deixando o pensamento mandão atuar em sua mente. Dessa forma, ele começou a gritar e chorar, mas sua família, com muita paciência, conseguiu ajudá-lo, e assim ele lutou contra esse pensamento, vencendo a batalha. Na semana da leitura deste livro, as professoras Nathana Magalhães e Marília Areal estavam trabalhando, em sala, sobre a casinha mental e os pensamentos.

No momento da leitura, as crianças se manifestaram, relatando vivências parecidas que aconteciam em casa ou na escola:

-Às vezes eu brigo com minha irmã, pois ela não me deixa assistir muito tempo.
-Um dia eu chorei muito porque queria jogar no computador, mas minha mãe não queria deixar porque estava muito tarde.
-Meu irmão é bebê e faz muita birra com minha mãe.
-Um dia eu queria ir de noite no shopping, mas minha mãe disse que não podia ir, pois estava tarde e eu não fiz birra.

Quantas experiências ricas e reais foram contadas através dessa leitura!

Diante disso, a turma chegou à conclusão da importância de ser valente e lutar para combater os pensamentos da birra e da brusquidão.

Para finalizar, as crianças confeccionaram um escudo simbolizando a defesa e a proteção do combate aos maus pensamentos e levaram para casa. O mais interessante é que durante a semana, uma criança deixou o escudo em sua mochila e durante as atividades ela pegava e deixava ao lado. Quando questionado sobre tal atitude, o mesmo respondeu que era para ele lembrar da sua valentia e assim ele ia conseguir resolver seus conflitos sem chorar.

Por meio da leitura, os alunos aprenderam a importância da valentia para superar os problemas que acontecem e de criarem defesas mentais contra os maus pensamentos. Foi muito interessante como o uso de um personagem, que vive a mesma dificuldade que observamos na criança, ajuda que o próprio discente possa identificar o pensamento, classificá-los e observar sua atuação.