[Artigo] Alergias alimentares X Intolerâncias alimentares
Segundo a Sociedade Brasileira de Alergia Alimentar e Imunologia, cerca de 6 a 8% das crianças, com menos de 03 anos, e até 3% dos adultos são diagnosticados com alguma alergia alimentar. Já a intolerância alimentar, atinge cerca de 70% da população, embora não o sabem e sequer conhecem os sintomas.
As alergias alimentares são, frequentemente, confundidas com quadros de intolerância, porém suas causas e tratamentos são diferentes.
Intolerância alimentar, o que é?
Intolerância alimentar é definida como uma dificuldade do organismo no processo de digestão do alimento. Geralmente, por falta de alguma substância relevante no organismo, por exemplo, as enzimas digestivas (ASBAI-RJ)
O que é alergia alimentar?
A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico ao alérgeno. Ela pode estar relacionada a ingestão, inalação ou contato com determinado alimento (Cartilha da Alergia Alimentar,2015).
Essas reações são mediadas por anticorpos que envolvem, tipicamente, um ou dois alimentos. Pode ocorrer de forma rápida, em segundos, ou levar até cerca de duas horas após a ingestão da proteína.
Quais são os sintomas da alergia?
As reações adversas a alimentos podem incluir sintomas advindos de toxinas alimentares ou de caráter fisiológicos e funcional que comprometem o sistema de digestão do alimento.
São mais comuns reações que envolvem a pele (inchaço, coceira, inflamação), o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório (tosse, rouquidão e chiado no peito). Manifestações mais intensas podem também acontecer, acometendo vários órgãos simultaneamente. (Cartilha da Alergia Alimentar,
2015).
Quais os principais alérgenos?
Entre os principais alérgenos temos:
- Leite (todas as espécies de animais mamíferos)
- Ovo
- Glúten (presente no trigo, cevada, centeio e aveia)
- Camarão e crustáceos
- Peixe
- Amendoim
- Castanhas
- Soja
Por que tratar de alergias alimentares na escola?
Desde a infância, o meio ambiente em que estamos inseridos, influencia nossa alimentação. A escola é um meio de convivência e socialização importante. Nela há influência do consumo alimentar infantil a partir da convivência das crianças com os colegas e educadores (VITOLO, 2008; ROSSI et al., 2008). Por esse motivo, as informações disseminadas sobre alimentação e o cuidado da escola com aqueles que apresentam algum grau de intolerância ou alergia é essencial para melhor qualidade de vida e inclusão social.
Qual a realidade no Colégio Logosófico?
Em torno de 20% dos alunos apresentam alguma alergia ou intolerância a alimentos. Estatística relevante, que nos estimula a informar, incluir educar e compartilhar as informações sobre o tema com pais, educadores e alunos.
Inclusão Social
Como incluir a criança com alergia alimentar em um ambiente social formado por não alérgicos?
O ato de alimentar-se vai muito além do prato! O convívio social não pode ser esquecido. Já que Isolar a criança de momentos que envolvam alimentos é um ato exclusivo. É muito importante a troca de experiências e de informações para que ela não se sinta distante em momento algum.
A criança alérgica não precisa e não deve ser tratada de maneira diferente. No entanto deve-se ter atenção para não colocá-la em risco (Guia de Alergia Alimentar na Escola).
Quais ações estão sendo desenvolvidas na escola para a inclusão social da criança com alergia ou algum grau de intolerância?
Com a missão de propor momentos de saúde e prazer, o serviço de nutrição juntamente com o corpo técnico do colégio vêm desenvolvendo ações conjuntas para difundir o assunto entre a comunidade escolar. Entre elas:
- mapeamento e divulgação interna das crianças que têm alergia e intolerância alimentar com o intuito de inclui-las para evitar situações desagradáveis.
- ações educativas com os educadores;
- atividades com as crianças de educação nutricional, apresentando o tema de forma lúdica e divertida;
- elaboração e inclusão de receitas novas, sem alérgenos, para compor nossos cardápios;
Todas essas ações são maneiras de conscientização e inclusão social para evitar episódios desagradáveis que causem desconforto aos nossos alunos e familiares. Embora sejam pequenas atitudes em um universo imenso de possibilidades.
Contamos com você nessa jornada positiva de mudanças. Juntos fazemos nossa escola cada vez melhor!
*Texto elaborado por Shirlei de Jesus e com apoio dos estagiários de Nutrição da Universidade Católica de Brasília.