Alunos do 7º Ano são estimulados a refletirem sobre as diferenças entre as pessoas
A professora de Português, Raquel Araújo, trabalhou com os alunos do 7º Ano alguns textos sobre o tema Bullying. Além de trabalhar os aspectos de ortografia e interpretação de texto, a docente tinha como objetivos permitir reflexões e conversas sobre o assunto e relacioná-lo com o tema anual - A Busca do Equilíbrio - , pois queria contribuir para uma convivência mais harmônica entre os alunos da turma.
Para tal, após o trabalho com os textos, os alunos realizaram pesquisas sobre o Bullying e confeccionaram cartazes com base no que aprenderam. Esse trabalho também permitiu que eles compartilhassem alguns casos de intolerância que já haviam sofrido ou presenciado.
Em outro momento, os alunos escreveram acrósticos com base nos valores morais que são importantes para a convivência humana. Os adolescentes listaram: colaboração, afeto, respeito, companheirismo e honestidade.
Ainda nesse trabalho junto à turma, a professora promoveu uma dinâmica para mostrar que todos são diferentes e que, apesar de seus posicionamentos contrários, devem se respeitar. Em seguida, formou duas equipes e pediu para que escutassem, atentamente, o seguinte trecho da sabedoria logosófica:
“O que acontece e o que sempre aconteceu, em todos os momentos cruciais da história humana, é que o homem não consegue encontrar a si mesmo e, muito menos, completar sua vida com aquilo que lhe falta. Daí que se tenha chamado o ser humano de ente imperfeito, porque requer aperfeiçoar-se, isto é, chegar a completar-se, pois não é mais que um fragmento de uma figura que é necessário terminar. Isto acontece com todos, sejam ricos ou pobres, belos ou feios. Uns têm o que falta a outros, e o que a uns falta, outros têm; e assim sucessivamente. Mas o grande problema reside em que ninguém quer dar ao outro o que tem, porque pretende que o que tem seja melhor do que o que lhe falta e outro tem. É nesse verdadeiro labirinto de cotações dos fragmentos humanos onde se encontra a causa maior de todas as dissensões, e é, ao mesmo tempo, de onde parte a equivocada posição de todos os seres, sem exceção, que poderia ser definida com uma só palavra: incompreensão”.
Após a leitura do trecho, a professora distribuiu fragmentos dele entre as duas equipes para que buscassem se organizar e montar as frases corretamente. Para chegar a formar o texto por completo, os alunos viram que precisavam compartilhar os trechos que possuíam uns com os outros, pois só assim alcançariam o objetivo final. A partir desse movimento, os alunos puderam perceber que nos completamos com aquilo que o outro tem e que nos falta. Esse é um dos principais objetivos da convivência humana: aprender.
Para culminar o trabalho, a turma sugeriu a realização de um “amigolate”! E todos os alunos entregaram, junto com o chocolate, um cartão para o amigo secreto. Nele, registraram os valores que observam no outro e que gostariam de ter, valores que irão lhes completar.
Os adolescentes participaram ativamente durante todas as etapas desse trabalho e, no dia do “amigolate” estavam muito felizes!